31 julho, 2007

20 julho, 2007


PRECE DE CERINTO


Senhor de Infinita Bondade,No santuário da oração, marco renovador do meu caminho, não te peço por mim, Espírito endividado, para quem reservaste os tribunais de tua Excelsa Justiça.A tua compaixão é como se fora o orvalho da esperança em minha noite moral e isso basta ao revelar o pecador que tenho sido.Não te peço, Senhor, pelos que choram.Clamo por teu amor, a benefício dos que fazem as lágrimas.Não te venho pedir pelos que padecem.Suplico-te a bênção para todos aqueles que provocam o sofrimento.Não te lembro os fracos da Terra.Recordo-te quantos se julgam poderosos e vencedores.Não intercedo pelos que soluçam de fome.Rogo-te amor para os que furtam o pão.Senhor Todo-Bondoso...Não te trago os que sangram de angústia.Relaciono diante de ti os que golpeiam e ferem.Não te peço pelos que sofrem injustiças.Rogo-te pelos empreiteiros do crime.Não te apresento os desprotegidos da sorte.Imploro teu amparo aos que estendem a aflição e a miséria.Não te imploro mercê para as almas traídas.Exorto-te o socorro para os que tercem os fios envenenados da ingratidão.Pai Compassivo!...Estende as mãos sobre os que vagueiam nas trevas...Anula o pensamento insensato.Cerra os lábios que induzem à tentação.Paralisa os braços que apedrejam.Detém os passos daqueles que distribuem a morte...Ajuda-nos a todos nós, os filhos do erro, porque somente assim, ó Deus piedoso e justo, poderemos edificar o paraíso do bem com todos aqueles que já te compreendem e obedecem, extinguindo o inferno daqueles que, como nós, se atiraram, desprevenidos, aos insanos torvelinhos do mal!...Cerinto (Chico Xavier )

18 julho, 2007


“Senhor recebe em teus braços esses irmãos.
Que nessa noite se despediram da nossa Terra.
Que teus anjos velem pela sua partida.
Que teus anjos velem pela sua chegada ao mundo espiritual.
Que eles possam compreender o que se passou.
Que saibam o porque desse acontecimento.
Que reencontre seus entes queridos.
Que se sintam amparados.
E iluminados pela sua Presença.
Assim seja.”

09 julho, 2007

"Os homens de mérito não precisam cuidar da sua fama; a inveja dos tolos e dos petulantes se encarrega de propagá-la."
(Cándido Nocegal y Rodríguez de la Flor)

02 julho, 2007


Tempo que foge!
Ricardo Gondim

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente
Do que já vivi até agora. Sinto-me como aquele menino que ganhou uma bacia de jabuticabas. As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em

reuniões onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos. Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo.
Não vou mais a workshops onde se ensina como converter milhões usando uma fórmula de poucos pontos. Não quero que me convidem para eventos de um fim-de-semana com a proposta de abalar o milênio.
Já não tenho tempo para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos parlamentares e regimentos internos. Não gosto de assembleias ordinárias em que as organizações procuram se proteger e perpetuar através de infindáveis detalhes organizacionais.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos. Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de "confrontação", onde "tiramos fatos à limpo".
Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário do coral. Já não tenho tempo para debater vírgulas, detalhes gramaticais sutis, ou sobre as diferentes traduções da Bíblia. Não quero ficar explicando porque gosto da Nova Versão Internacional das Escrituras, só porque há um grupo que a considera herética. Minha resposta será curta e delicada:
- Gosto, e ponto final!
Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: "As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos". Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos.
Já não tenho tempo para ficar explicando aos medianos se estou ou não perdendo a fé porque admiro a poesia do Chico Buarque e do Vinicius de Moraes; a voz da Maria Bethânia; os livros de Machado de Assis, Thomas

Mann, Ernest Hemingway e José Lins do Rego.
Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; de quem sabe rir de seus tropeços, de quem não se encanta com triunfos, não se considera eleita para a "última hora"; não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados e deseja andar humildemente com Deus.
Caminhar perto delas nunca será perda de tempo.